O passado e o futuro não dependem do momento em que estamos mas sim do que escolhemos fazer. E cada escolha, cada decisão que fazemos hoje conduz-nos a um amanhã completamente diferente.

Durante muito tempo alimentei o segredo de como seria fantástico se o tempo de deslocasse, se o espaço se dobrasse e se eu pudesse falar cara-a-cara com a pessoa que eu seria num tempo de vida paralelo, num mundo alternativo, num caminho que eu teria criado com as escolhas que optei por não fazer face às circunstâncias do passado. O que me diria? O que me perguntaria?

Sempre acreditei que na vida, a sobrevivência depende da capacidade de descobrirmos que outros aspectos de nós próprios aprendemos ao longo dos caminhos que escolhemos não seguir; onde a imaginação e resiliência são meros instrumentos para se mudar os tempos (mas não as vontades); onde o medo existe para nos fazer compreender que não nos devemos afastar de possíveis caminhos sem antes termos a certeza de que, com eles, nada podemos aprender.

O passado e o futuro não dependem do momento em que estamos mas sim do que escolhemos fazer. E cada escolha, cada decisão que fazemos hoje conduz-nos a um amanhã completamente diferente.

A vida é como uma onda no oceano que vai crescendo em direção à costa. E quanto mais adiamos as nossas decisões, mais esta onda cresce, mais força ganha, mais indomável se torna, mais imprevisíveis são as suas consequências.

E um dia, tal como a onda do oceano, vamos ter de decidir. De escolher. Não adianta virar costas.

E nesse momento há que aceitar que a vida é feita de escolhas. Que nós próprios somos feitos das escolhas que fazemos. Só assim teremos paz de espírito para iniciar uma nova viagem.

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