Lembra-te que um intransponível Adamastor se vergou aos Heróis do Mar que, por sua vez, descendiam dos Heróis da Terra. Mas lembra-te, acima de tudo, que houve um cabo das Tormentas que hoje se chama "Da Boa Esperança"
Cresceste com a tua personalidade suave e harmoniosa, incapaz de arranjar problemas seja com quem for. Mas vives noutra dimensão, numa forma muito própria de viver a vida e por vezes num mundo que é só teu.
Devo-te estas palavras há muito. As palavras de sempre e que sempre faço questão de escrever quando soa mais uma badalada do teu aniversário.
Percebemos, com os anos, que tememos o futuro simplesmente porque tememos tudo o que desconhecemos.
Quero que saibas que não se chega ao coração dos outros sem verdade; que chegarás onde chegarás a fazer amigos; que é para a frente que o coração nos leva.
o fim de 12 anos, entre mortais encarpados e gargalhadas à retaguarda, Simone rapidamente de assumiu como a rainha da casa. A minha rainha de copas.
No dia em que nasceste pedi que me comprassem o jornal. Não porque estivesse interessada no que se passava no mundo mas porque achei que seria uma boa fotografia que guardaria deste para fazer parte da tua história.
Gostava de arranjar uma maneira fácil de o fazer compreender que, afinal, o mundo cá fora não é bem como nas capas dos catálogos das agências de viagens.
Quando há cerca de 3 anos li uma composição para a escola e me perguntei a mim mesma se a Simone seria fluente na língua checa, ou até mesmo em polaco, rapidamente cheguei à conclusão que um Plano B se impunha de forma emergente.
Passei-lhe o papel para a mão não conseguindo disfarçar a minha irritação por, naquela cabeça, tudo servir de tema para um argumento do Call of Duty.
"Odeio história!"* - grita Simone - Quer dizer, não me meto na vida dos vizinhos e agora tenho tenho de saber o que andaram a fazer os mortos!"
